Nesta quarta-feira, 31 de maio, o presidente Lula propôs a criação de uma moeda comum para fortalecer a integração entre as nações da América do Sul. A ideia foi apresentada em uma reunião com todos os líderes dos países sul-americanos, em Brasília. Em seu discurso de abertura, o presidente do Brasil apresentou uma série de propostas para impulsionar o desenvolvimento regional.
Entre os temas destacados por ele, podemos citar a facilitação dos trâmites de exportação e importação de bens, a adoção de medidas conjuntas para combater as mudanças climáticas, a discussão sobre a constituição de um mercado sul-americano de energia e a criação de um programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores do Ensino Superior.
No entanto, foi a proposta de uma moeda comum – para fortalecer a identidade sul-americana– foi o tópico de maior destaque na reunião. A ideia é abranger o campo monetário por meio de mecanismos de compensação mais eficientes e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas estrangeiras.
O presidente ressaltou a necessidade de retomar a integração sul-americana, destacando que uma América do Sul forte e politicamente organizada amplia as possibilidades de afirmar uma identidade latino-americana e caribenha no cenário internacional. Ele criticou a gestão anterior por romper relações com países vizinhos e enfatizou a importância de reestabelecer o diálogo e a cooperação entre as nações sul-americanas.
Lula também abordou questões globais que afetam a região, como a invasão da Rússia na Ucrânia, que resultou no aumento do desemprego e dos custos das cadeias produtivas, e os impactos da pandemia da Covid-19. O presidente alertou para a disseminação de discursos de ódio e desinformação nas plataformas digitais, mencionando os atos ocorridos em 8 de Janeiro como um exemplo trágico dessa realidade.
No encerramento, o líder brasileiro reforçou a importância da integração como objetivo permanente dos países sul-americanos, colocando os interesses comuns acima das divergências ideológicas. Lula enfatizou a necessidade de construir um continente desenvolvido e soberano, deixando um legado sólido para as futuras gerações.
A cúpula da América do Sul seguirá em Brasília, onde os líderes discutirão as propostas apresentadas por Lula, buscando promover uma maior cooperação e integração entre as nações do continente.