O juiz Alexandre Mesquita, titular da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), questionou o talento da cantora Ludmilla ao negar um pedido da artista para que um processo de plágio passe a tramitar em segredo de Justiça, por conter “dados pessoais”.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a equipe de defesa de Ludmilla alega que a voz de Maldivas merece ter resguardado sua intimidade, solicitando o segredo de Justiça. Em certo trecho, os advogados citam que a cantora se tornou “reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na indústria musical”.
O magistrado, no entanto, negou o pedido e questionou a fama da cantora, relembrando o suposto erro de Ludmilla ao interpretar o Hino Nacional no GP de Fórmula 1, em São Paulo, no mês passado. A artista alegou uma falha técnica ao se defender das críticas que recebeu.
“De fato, a 1ª ré é reconhecida internacionalmente, mas não pelo seu suposto talento, mas pelo fato de que conseguiu esquecer a letra do Hino Nacional na abertura do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, o que repercutiu na imprensa internacional”, disparou o magistrado, ainda segundo o colunista.
“Entretanto, se é, como alega, reconhecida internacionalmente, não há nos autos nenhum dado protegido pelo direito constitucional à intimidade, razão pela qual indefiro o requerimento”, finaliza. Na justificativa, o juiz anexou a matéria do portal BNN Breaking, de Hong Kong, na China, que destaca o caso do Hino Nacional.
O processo em questão trata-se de um suposto plágio na música Essa é a Minha Tara, de Reynaldo Veríssimo, nas músicas Vem Amor Bate e Não Para e Vem Amor, sucessos de Ludmilla.
Tentamos contato com a assessoria de Ludmilla, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para atualização.