Novembro Azul: a importância da saúde masculina para homens adultos com TEA e TDAH

Novembro Azul é o mês dedicado a lembrar que a saúde masculina precisa ser prioridade e isso vale também para os homens adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que muitas vezes enfrentam desafios extras para cuidar de si mesmos.

O neurologista Dr.MatheusTrilico, referência no atendimento de adultos com TEA e TDAH, explica:

“Homens com essas condições costumam ter dificuldades com organização, atenção a rotinas e percepção de sinais físicos ou emocionais. Isso faz com que consultas médicas, exames preventivos e cuidados diários sejam facilmente negligenciados”.

Essa negligência aumenta o risco de problemas como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e transtornos de humor. Estudos também indicam que adultos com TDAH têm mais dificuldades em manter hábitos saudáveis e seguir recomendações médicas de forma consistente, enquanto adultos autistas podem apresentar ansiedade ou resistência a consultas e procedimentos médicos.

“Não é preguiça ou descuido intencional. Muitas vezes, são barreiras cognitivas e emocionais que precisam ser reconhecidas e apoiadas”, diz Dr. Trilico.

Por que Novembro Azul é essencial para esse público:

O câncer de próstata é a doença mais diagnosticada entre homens brasileiros, e o diagnóstico precoce faz diferença.
• Há alto risco de negligência em adultos com TEA e TDAH: atrasos em consultas, dificuldade em marcar exames e resistência a mudanças de rotina.
• Saúde mental e física estão profundamente conectadas: estresse, ansiedade e alterações de humor podem impactar todo o organismo.

Dicas práticas do Dr Matheus para homens com TEA e TDAH:

1.    Organize lembretes visuais ou digitais: aplicativos, alarmes ou calendários ajudam a manter a rotina de exames e consultas.
2.    Estabeleça pequenas metas de autocuidado: começar com passos simples, como beber água regularmente, caminhar ou dormir em horários consistentes.
3.    Procure apoio emocional: terapia, grupos de suporte ou acompanhamento familiar tornam o cuidado mais viável.
4.    Crie parcerias com profissionais de saúde: médicos, nutricionistas e psicólogos podem ajudar a adaptar o cuidado às necessidades individuais.
5.    Quebre tabus sobre saúde masculina: falar sobre sintomas, medos e limitações é parte do cuidado — e não demonstra fraqueza.

“O mais importante é entender que saúde é um hábito contínuo, não um evento isolado. Novembro Azul serve como um lembrete para os homens, especialmente aqueles com TEA e TDAH, de que cuidar de si mesmos é um ato de coragem e responsabilidade”, reforça Dr. Trilico.

Este mês é um convite para repensar rotinas, priorizar consultas e exames, e olhar para a saúde como um todo: corpo, mente e emoções. Homens adultos com TEA e TDAH também merecem se sentir bem, prevenidos e acompanhados.
 
 
Contato para Imprensa:

Dr. Matheus Luis Castelan Trilico – CRM 35805PR, RQE 24818.
• Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA);
• Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR);
• Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR
• Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista

Mais artigos sobre TEA e TDAH em adultos podem ser vistos no portal do neurologista: https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/

Sobre o Estudo

Título: Neurodevelopmental Outcomes of 3-Year-Old Children Exposed to Maternal Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) Infection in Utero
Autores: Lydia L. Shook, MD; Victor Castro, MS; Laura Ibanez-Pintor, MD; Roy H. Perlis, MD, MSc; Andrea G. Edlow, MD, MSc
Instituição: Massachusetts General Hospital / Mass General Brigham
Publicação: Obstetrics & Gynecology, 30 de outubro de 2025
DOI: 10.1097/AOG.0000000000006112
Financiamento: National Institute of Mental Health (RF1MH132336, R01 MH116270, U54 MH118919), National Institute of Child Health and Human Development (R01 HD100022-02S2, K12 HD103096-03), SFARI (870754), e Patricia and Scott Eston MGH Research Scholar Award.
Link de acesso ao estudo: https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000006112

Referência Bibliográfica:

SHOOK, Lydia L. et al. Neurodevelopmental Outcomes of 3-Year-Old Children Exposed to Maternal Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) Infection in Utero. Obstetrics & Gynecology, p. 10.1097/AOG.0000000000006112, 30 out. 2025. DOI: 10.1097/AOG.0000000000006112. Disponível em: https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000006112. Acesso em: 31 out. 2025.