Por Thiago Boavida
Iniciadas no dia 4 de abril, as campanhas de vacinação contra o sarampo e a poliomielite estão sendo realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas da cidade de São Paulo, com funcionamento das 7h às 19h.
Durante as campanhas, crianças e adultos podem atualizar sua situação vacinal e induzir seu sistema de defesa a produzir imunidade contra essas doenças, que podem provocar complicações graves.
Vacinar-se é a única forma de garantir a proteção. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano os imunizantes são responsáveis por evitar cerca de 3 milhões de mortes por doenças preveníveis. Saiba mais sobre as duas enfermidades:
Sarampo
É uma doença infectocontagiosa causada pelo morbillivirus, cujo contágio ocorre por meio de secreções respiratórias, transmitidas pela tosse, fala ou ar.
No início dos sintomas, o paciente costuma sentir febre, mal-estar, falta de apetite, além de ter coriza, tosse e conjuntivite. Manchas vermelhas podem aparecer na região atrás da orelha, espalhando-se logo depois pela face, pescoço, membros superiores, inferiores e tronco. No caso de crianças com sarampo, quadros de diarreia também podem ser comuns.
O tratamento da doença é feito com medicações que amenizam os sintomas. Complicações bacterianas devem ser tratadas especificamente, de acordo com cada caso.
Pneumonia bacteriana, otite, laringite e laringotraqueite são possíveis complicações do sarampo. Por isso, todo cidadão elegível deve receber a vacina para garantir sua proteção. Atualmente, podem receber o imunizante e atualizar sua situação vacinal crianças de seis meses e menores de cinco anos de idade, profissionais de saúde e pessoas nascidas a partir de 1960.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça a importância desta campanha em decorrência do aparecimento de novos casos de sarampo nas últimas semanas.
Mais informações sobre a vacinação contra o sarampo podem ser consultadas nesta página.
Poliomielite
Também contagiosa, a poliomielite é uma doença causada pelo poliovírus. Conhecida como paralisia infantil, ela pode infectar tanto crianças quanto adultos, com transmissão por meio do contato direto com as secreções eliminadas pela boca ou fezes de pacientes infectados, além de alimentos e água contaminada.
Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, na garganta e no corpo, mal-estar, vômitos, diarreia, constipação, espasmos e rigidez na nuca.
Alguns pacientes podem ficar com sequelas da doença, como osteoporose, dificuldade de falar, atrofia muscular, problemas e dores nas articulações, crescimento diferente das pernas (o que pode causar escoliose), paralisia de uma das pernas ou dos músculos da fala ou da deglutição e pé torto (quando a pessoa não consegue encostar o calcanhar no chão). Essas sequelas não têm cura, mas podem ser tratadas com auxílio de medicamentos para dores e fisioterapia.
A doença foi eliminada do Brasil em 1994. Desde então, o país se compromete a manter as campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em dia para seguir com altas coberturas vacinais e garantir que novos casos não apareçam.
A vacina contra poliomielite está disponível para todas as crianças menores de cinco anos que estejam com a vacina atrasada ou sem histórico de imunização, além de viajantes, imigrantes e refugiados de países endêmicos (áreas de risco) ou em surto nas mesmas condições.
A população pode consultar a unidade mais próxima por meio da página Busca Saúde. No caso de imigrantes ou refugiados sem esquema vacinal completo, a lista de países considerados endêmicos ou em surto pode ser consultada neste link.
Foto: Divulgação/Prefeitura de SP