Por Thiago Boavida
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), realizou mais de 5 milhões de ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti em 2022. Ao longo do ano foram feitas 5.263.199 ações contra a dengue na capital. Ao todo, foram 2.476.168 visitas casa a casa, além de 45.290 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 2.741.741 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas.
Além das ações de rotina, na intensificação que ocorreu entre os dias 14 e 30 de dezembro de 2022, os mais de 11 mil agentes, entre comunitários de saúde, de endemias e ambiental, fizeram mais de 500 mil visitas casa a casa, para a conscientização dos munícipes, identificação e eliminação dos pontos de água parada e outros focos de reprodução do mosquito.
Para dobrar a capacidade de combate ao vetor em 2023, a gestão municipal adquiriu 5 mil litros de inseticida e 30 novos nebulizadores veiculares de última geração, que serão entregues até fevereiro. Além disso, o município ampliou a frota com mais 104 minivans para transporte dos agentes de combate a endemias.
São 2 mil profissionais que trabalham continuamente nas atividades de controle de arboviroses, incluindo a dengue e demais doenças causadas pelo Aedes aegypti. “A eficácia do trabalho também depende da parceria entre a população e a prefeitura agindo todos contra a dengue, a fim de eliminar os possíveis criadouros, quaisquer recipientes com água parada”, afirma o coordenador de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira.
Sazonalidade
A dengue é uma doença sazonal e, entre os meses de março e maio, é observada uma alta na taxa de transmissão, podendo ocorrer ciclos epidêmicos e interepidêmicos de um ano para outro. A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor.
Segundo Gladyston Costa, biólogo da Covisa, nas visitas casa a casa é observada desatenção em relação a pequenos objetos, como pratos de vasos de plantas, garrafas velhas, recipientes plásticos ou metálicos em desuso e acumulados nos quintais. Calhas e ralos de escoamento de águas pluviais entupidos e com água acumulada também são bastante observados nas ações, além de piscinas malcuidadas.
A SMS ressalta que o apoio da população é fundamental para eliminar o vetor. Por isso, é necessária a adoção de uma série de medidas, como: guardar pneus em locais cobertos, lavar os potes de águas dos animais com esponja e sabão duas vezes por semana; eliminar ou furar os pratinhos dos vasos de plantas; furar, tampar ou guardar em local protegido da chuva os demais recipientes que possam acumular água; tampar ralos, vasos sanitários, barris, tambores, tanques e caixas d’água; limpar calhas, lajes e manter as saídas de água desobstruídas; deixar latas, potes e outros recipientes recicláveis em locais cobertos.
Quando há casos de transmissão de arboviroses, a partir da notificação, é desencadeada ação de eliminação de criadouros (casa a casa) e nebulização nas proximidades do local. Isso ocorre em até 24 horas a partir da notificação. Essa ação de rotina sistematizada faz com que o município de São Paulo, juntamente com a rede articulada, possa agir rapidamente, visando manter os menores índices de casos do estado.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre alta (acima de 38,5 graus), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
A porta de entrada para o atendimento na capital paulista são as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Para saber qual a unidade mais próxima da residência, o munícipe pode fazer a consulta por meio do link: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/.
Dados
Os números de casos de dengue e outras arboviroses são separados por semana epidemiológica (SE) e disponibilizados neste link.
Foto: Divulgação/Prefeitura de SP