O Oscar acabou, e enquanto “Anora” e “Ainda Estou Aqui” dominaram as conversas no Brasil, é hora de dar o devido reconhecimento a “Better Man”. Este filme, que concorreu na categoria de “efeitos visuais”, merece muito mais do que um mero elogio; é uma das melhores experiências cinematográficas da cultura pop que já tive a oportunidade de assistir. Um filme lindo, desses que te prendem na cadeira.

“Better Man” conta a história de Robbie Williams, um garoto da periferia de Londres que cresceu em um lar modesto com sua avó e mãe, enquanto seu pai sonhava com a fama. Uma narrativa mergulha nas complexidades que acompanha a ascensão ao estrelato, explorando como a fama e o sucesso pode afetar profundamente a mente de alguém que não está preparado. A inclusão, a competitividade e a insegurança são temas recorrentes, especialmente entre os artistas, e o filme aborda como as drogas muitas vezes se tornam uma forma de lidar com esses problemas e mostra claramente como o cantor usou a ousadia para se manter no showbusiness.

A fase como um dos vocalistas da boyband “Take That” é muito bem representada no filme, com cenas espetaculares e também a rejeição por parte do empresário por não se destacar no canto e não ser um dos rostos mais bonitos.
Quando vi o trailer pela primeira vez, confesso que fiquei perplexo com a ideia de que o ator seria interpretado por um macaco. Soava bizarro. No entanto, nos primeiros cinco minutos do filme, eu já estava completamente cativado pelo personagem. A palavra que mais ressoa em relação ao protagonista é “rejeição”. Desde a relação conturbada com o pai até a pressão para se destacar em um mundo onde apenas os mais belos parecem brilhar, Robbie nos faz refletir sobre a constante necessidade de provar seu valor.
A última cena do filme me levou às lágrimas. É uma obra que, sem dúvida, se junta à minha lista de filmes favoritos, ao lado de clássicos como “Moulin Rouge”, “Hairspray”, “O Rei do Show” e até mesmo “Xanadu”, que, apesar das críticas, sempre consegue me emocionar.
“Better Man” não é apenas um filme; é uma jornada emocionante que nos faz questionar o que realmente significa ser um artista e os sacrifícios que muitos estão dispostos a fazer em busca do reconhecimento. Se você ainda não assistiu, recomendo que faça isso o quanto antes. Este filme é uma homenagem não só a Robbie Williams, mas a todos que lutam com suas próprias batalhas internas.