Os paulistanos ainda estão impactados com o fechamento do Hotel Maksoud Plaza, um ícone da cidade e um dos hotéis mais conhecidos do mundo, que fechou suas portas ontem após 42 anos de festas, glamour, hóspedes famosos, luxo, modernidade e gastronomia de qualidade.
Em tempos de crise, o hotel operava com 20% de sua capacidade e os hóspedes foram convidados a se retirarem ontem, as reservas serão reembolsadas e os 170 funcionários surpreendidos com a demissão. Uma pena!
O prédio foi construído em 1976, onde existia o primeiro Mosteiro das Monjas Beneditinas das Américas.
Lembro do Maksoud com muito carinho, dos jantares incríveis, os eventos no teatro e as pré estreias de cinema, disputadíssimas, que eu ia semanalmente.

O hotel fez história na cidade, ao lado do Gallery, boate nos Jardins, onde tive o prazer de comemorar meu aniversário por dois anos, eram marcos de bom gosto e frequência refinada. Lembro com precisão da primeira vez que entrei no Maksoud Plaza e fiquei impressionado com aqueles elevadores e com aquele pé direito gigantesco.

As mais importantes celebridades passaram por lá como Frank Sinatra, Rolling Stones, Margareth Thatcher, Pedro Almodovar, além de shows no 150 Night Club com nomes como Tom Jobim, Dorival Caymmi e Etta James que se apresentaram em noites gloriosas.
Com o fim das atividades do Maksoud, mas uma página glamurosa da cidade é virada, infelizmente.
O prédio será entregue até o final deste ano aos empresários Jussara e Fernando Simões, proprietários do Grupo Logístico JSL. Eles irão pagar cerca de R$ 132 milhões ao grupo Maksoud para colocar fim a uma disputa judicial que durou dez anos.
A marca Maksoud Plaza seguirá sob o domínio da administradora HM Hotéis, que disse por nota, ter planos futuros de um novo empreendimento, em novo endereço.