Março é o Mês das Mulheres, um período para celebrar conquistas, refletir sobre desafios e, acima de tudo, reafirmar o direito de escolha em todas as esferas da vida, incluindo a maternidade. A Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana, reforça a importância do planejamento reprodutivo e como a medicina moderna oferece ferramentas para que as mulheres possam decidir o momento ideal para serem mães.
“A maternidade, que historicamente esteve ligada a um roteiro pré-definido, hoje pode ser planejada conforme os desejos e necessidades individuais. Seja por motivos profissionais, ausência de um parceiro ou simplesmente por ainda não se sentir pronta, cada vez mais mulheres optam por postergar a gravidez sem abrir mão do sonho de ter filhos no futuro”, explica Dra. Carla.
Congelamento de Óvulos: Preservando a Fertilidade
De acordo com a obstetra e especialista, uma das técnicas mais avançadas e seguras para quem deseja adiar a maternidade é o congelamento de óvulos. Esse procedimento permite que a mulher congele seus óvulos ainda jovens e saudáveis, preservando sua fertilidade para quando decidir engravidar.
Como Funciona?
1. Avaliação médica: Exames para verificar a reserva ovariana e saúde geral.
2. Estimulação ovariana: Uso de hormônios para estimular os ovários a produzirem mais óvulos.
3. Coleta dos óvulos: Feita por punção ovariana, um procedimento minimamente invasivo.
4. Congelamento: Os óvulos são armazenados em nitrogênio líquido, podendo ser usados anos depois.
Dicas para Quem Quer Adiar a Maternidade
1. Informe-se cedo: Quanto antes entender suas opções, melhor poderá planejar o futuro.
2. Avalie sua fertilidade: Exames como o hormônio antimülleriano (AMH) ajudam a medir sua reserva ovariana.
3. Congele os óvulos no auge da fertilidade: A qualidade dos óvulos é melhor entre os 25 e 35 anos.
4. Pense no longo prazo: Planejar a maternidade não significa abrir mão de outros sonhos, e sim garantir opções no futuro.
5. Busque especialistas: Contar com profissionais qualificados faz toda a diferença para um planejamento reprodutivo eficaz.
“A maternidade é uma jornada única e pessoal. Com os avanços da medicina reprodutiva, cada mulher pode decidir quando e como deseja vivê-la. O mais importante é ter autonomia e conhecimento para fazer escolhas alinhadas com seus próprios desejos e prioridades. Neste Mês das Mulheres, que possamos celebrar não apenas o direito de ser mãe, mas, acima de tudo, o direito de escolher quando e como viver essa experiência”, finaliza Dra. Carla Iaconelli.