Mortes por policiais crescem em SP e deixam moradores em alerta

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o UOL, 32 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço, o que representa 78% a mais do que foi registrado em maio do ano passado.

No mesmo mês, três pessoas foram mortas por policiais militares de folga, uma redução de 75%, e outras três foram vítimas de policiais civis em serviço, duas a mais em relação ao mesmo período de 2022.

No acumulado de 2023, foram contabilizadas 189 pessoas mortas por policiais, um aumento de 9,25% em comparação com o mesmo período do ano passado. Quando levado em conta somente o critério de mortes em confronto com PMs em serviço, o aumento é de 20%, de 108 para 130.

Para a SSP, as mortes decorrentes de intervenção policial não devem ser juntadas ou equiparadas as ocorrências em serviço e em folga, porque são dinâmicas diferentes. “Policiais em serviço estão atuando para proteger a população, já os que estão em folga são, na maior parte dos casos, surpreendidos pelos criminosos, em seu momento de lazer”, diz nota.

A secretaria argumenta ainda que a principal causa das mortes ocorre devido a ação dos suspeitos no momento das prisões. “Nos primeiros cinco meses, as forças policiais prenderam 79.846 criminosos, sendo que 189 foram mortos em confrontos durante essas prisões. Tais dados indicam que o uso da força letal foi necessário uma vez em cada 422 prisões ou apreensões de infratores, demonstrando que a principal causa da morte não é a atuação polícia, mas, sim, a opção pelo confronto por parte do infrator”.